segunda-feira, 26 de março de 2018

A VERDADE DE CADA UM


REFLEXÃO POÉTICA E HISTÓRICA


 A chegada dos europeus à América colocou frente a frente povos de origens muito diferentes: os europeus e os povos nativos da América. Sobre esse acontecimento podem existir versões muito distintas, o que nos leva a pensar sobre a ideia de verdade. Sobre a verdade, leia este poema de Carlos Drummond de Andrade:

Verdade


A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada uma optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

A partir da leitura do poema, reflita sobre a ideia de verdade: é possível afirmar que existe uma única verdade ou apenas diversos pontos de vista? 
Qual  o ponto de vista dos povos nativos e o dos portugueses sobre o “descobrimento” do Brasil. 

REFLEXÃO :

     Na porta da verdade, mudar como processo de mudança é uma constante na vida de cada um. O comportamento humano afeta e é afetado pelas condições que se apresentam, pois, a mudança é um processo cíclico, se houver alterações na estrutura organizacional, certamente o comportamento humano será afetado.
      Com relação ao descobrimento do Brasil, na verdade não foi um descobrimento, foi uma invasão a terra dos índios.
       Cabral chegou a Porto seguro, na Bahia, com 13 navios e uma tripulação de aproximadamente 1400 homens em 22 de abril de 1500 e só  no dia seguinte ( 23 de abril ) observou que as terras não eram descobertas. Havia aproximadamente 3 milhões de nativos, os índios  já viviam no Brasil.
       Assim, na verdade Portugal não descobriu o Brasil, Portugal invadiu, ocupoou, submetendo diversas nações indígenas ao seu domínio.
       Se no Brasil já havia uma população indígena, local, não se trata de uma  descoberta, e sim de uma conquista. Logo, a verdade de Portugal não é a verdade do Brasil. As comunidades indígenas se dividiam em diversas nações, podemos citar: os tupis, os macro-jês, os aruanques , os cariris, que ocupavam várias regiões do Brasil.
    Algumas destas civilizações ainda viviam como no período paleolítico, outras tribos como os tupis, eram mais avançadas e produziam um agricultura  rudimentar, onde plantavam cará, mandioca, feijão, tudo para a sobrevivência. Não havia comércio e não conheciam a escravidão.  Fato diferente dos africanos que quando em guerra, escravizam os povos dominados, já os inimigo dos índios eram submetidos a um canibalismo litúrgico ( antropofagia ). Outro fato praticado pelos indígenas era o infanticídio, ou seja, faziam o sacrifício de bebês gêmeos, pois, eram representações do e do mal para eles. As civilizações primitivas do Brasil tinham muitos pontos em comum, como a pintura corporal, a dança e a música, com a produção de instrumentos de sopros, de percussão,  de pandeiros e tambores.  Logo a verdade dos Portugueses, dos Africanos e dos  Índios brasileiros não era a mesma.
     Os portugueses chegaram e na verdade não descobriram o Brasil, eles simplesmente invadiram o Brasil, e transformaram os costumes, introduziram novos hábitos, novas crenças. Dessa forma a verdade dos portugueses não eram a mesma verdade dos povos indígenas do Brasil.
     Os portugueses tinham uma vida de comércio, de conquistas, de crenças, que não se identificam com a vida dos índios. Na verdade o comportamento  é a relação entre o indivíduo e o seu meio ambiente, sendo assim a verdade de um não é igual a verdade  a verdade do outro.
     As ações, os costumes de um povo que domina o outro, como foi o caso dos portugueses no Brasil, afetam o comportamento do povo dominado e as ações desses indivíduos afetam o ambiente. Logo a verdade dos que invadiram o Brasil, não é a verdade do povo indígena que vivia no Brasil.
      Seguindo essa linha de pensamento, o Brasil não foi descoberto e sim invadido por Portugal. Logo a verdade do povo português não é a verdade dos índios brasileiros.

Diferentes Processos de Formação de Educadores


SÍNTESE  TEÓRICA  E CRÍTICA



Teorias: 
Podemos citar os seguintes representantes: 
1.  Comênico, para ele o homem tinha como objetivo a felicidade eterna, não observa a tendência nata de cada indivíduo. 

2.  Pestalozzi, a educação é um fator de transformação social, deve respeitar as características de cada criança. 

3.  Herbert, a base psicológica de aquisição do conhecimento, seguindo as etapas: preparação, apresentação, associação, sistematização e aplicação. 

4.   Na Escola Nova, o processo está centrado no aluno. A avaliação é Qualitativa e surge a auto-avaliação, há valorização do aluno. Seus representantes são: 

5.  A.Teixeira, L. Filho e Azevedo. No Brasil, a Pedagogia de Paulo Freire tem papel de denuncia das condições alienantes do povo. O ensino é centrado na realidade social, valoriza o conteúdo e o professor é um mediador. 

6.  Freinet, foca a escola democrática e popular, orientada para a emancipação e orientação para o trabalho.

7.  Piaget, mostra as mudanças qualitativas que a criança passa nos estágios da vida: assimilação, ação e operações.

8.   Vygotsky, foca o processo de construção do conhecimento. A aprendizagem se inicia ao nascer, as mudanças vêm da interação da própria história, cultura e sociedade.