sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A ENFERMAGEM E AS LESÕES ANATÔMICAS

A mecânica corporal na Enfermagem

As lesões músculo-esqueleticas relacionadas com o trabalho constituem um grave problema entre os enfermeiros pois a sua profissão tem-se revelado de maior risco devido à freqüente mobilização de doentes quer no seu levante, quer na sua transferência, quer ainda no seu posicionamento na prestação de cuidados diários.

Observação:

Lesões musculo- prevenção

Em profissões que implicam estar sentado em frente ao computador por longos períodos de tempo, é importante a realização de pequenas pausas e exercícios de relaxamento muscular. Desta forma, previnem-se as lesões músculo-esqueléticas, aumentando a qualidade de vida e o rendimento no trabalho.

As lesões dorso-lombares e as lesões nos ombros constituem as principais preocupações, podendo ser ambas extremamente debilitantes. Também as que atingem os membros superiores, região escapular e pescoço se tornaram as mais novas epidemias dos últimos anos.

Decorrentes de uma origem ocupacional, elas podem ser ocasionadas, de forma combinada ou não, pelo uso repetido e forçado de grupos musculares e pela manutenção de postura inadequada.


Existem alguns factores que aumentam o risco de lesão aquando da mobilização dos utentes relacionados com a tarefa tais como a força, a repetição do movimento ou série de movimentos de forma contínua ou frequente ao longo do turno e as posições incorrectas, relacionados com o utente tais como o seu grau de colaboração, a sua estatura e peso, relacionados com o ambiente tais como o risco de escorregar, tropeçar e cair, as superfícies de trabalho desniveladas e as limitações de espaço e ainda outros factores de extrema importância como o facto de não haver ajuda disponível, a existência de equipamento inadequado bem como o vestuário e o calçado e ainda a falta de conhecimentos ou formação na área.

Neste contexto torna-se premente abordar esta temática a fim de sensibilizar os enfermeiros para esta área e transmitir-lhes conhecimentos que lhes permitam prestar cuidados de qualidade não colocando em risco a sua própria saúde a curto, médio ou a longo prazo pois “coluna vertebral só temos uma”.

A mecânica corporal é o esforço coordenado dos sistemas músculo-esqueléticos e nervoso para manter o equilíbrio adequado, postura e alinhamento corporal durante a inclinação, movimentação, levantamento de carga e execução das actividades diárias.

Entenda-se por equilíbrio, o estado de firmeza de posição que maximiza a função com o mínimo esforço e trabalho muscular; a postura é responsável pela determinação da distribuição do peso do corpo e a relação mútua entre músculos e articulações e o alinhamento corporal pode definir-se como a relação adequada de todas as partes do corpo entre si, em repouso ou em qualquer atividade. Há que lembrar também a presença do atrito/fricção resultado do efeito de roçar ou da resistência que um corpo encontra na superfície sobre o qual se movimenta e que deverá ser sempre eliminado ou reduzido.


Assim, pode perceber-se que quando o corpo não está estabilizado, o centro de gravidade fica deslocado contribuindo para a possibilidade de queda, esta a evitar. A estabilidade é conseguida quando há uma base de apoio alargada e o centro de gravidade está dentro desta base formando uma linha vertical; por outro lado, consegue-se aumentar o equilíbrio aproximando-se o centro de gravidade da base, ou seja, dobrando os joelhos e flexionando os quadris até estar agachado mantendo a coluna reta.

Fragilidade dos Músculos, dos Tendões e dos Ligamentos

Os músculos, os tendões e os ligamentos sofrem laceração quando submetidos a forças superiores à sua força intrínseca. Por exemplo, eles podem ser lesados quando eles são muito fracos ou tensos para o exercício que está sendo tentado. As articulações apresentam uma maior propensão à lesão quando os músculos e os ligamentos que lhes provêem sustentação são fracos, como ocorre após um entorse. Os ossos enfraquecidos pela osteoporose podem fraturar facilmente.

Os exercícios de fortalecimento ajudam a evitar lesões. A prática regular de exercícios não aumenta nem fortalece significativamente os músculos. O único modo de fortalecimento dos músculos consiste no exercício dos mesmos contra uma resistência progressiva como, por exemplo, praticar um esporte mais intensamente, levantar pesos progressivamente maiores ou usar equipamentos especiais de fortalecimento.

Os exercícios de reabilitação para o fortalecimento de músculos e tendões já recuperados geralmente são realizados com levantamentos ou pressão contra resistência, em séries de oito a doze repetições e nunca em uma freqüência superior que em dias alternados.

Diagnóstico

Para diagnosticar uma lesão esportiva ou qualquer lesão músculoesquelética, o médico questiona ao paciente quando e como a lesão ocorreu e quais foram as atividades recreativas e ocupacionais realizadas recentemente ou de maneira rotineira. Ele também realiza o exame da área lesada.

O paciente pode ser encaminhado a um especialista, para a realização de exames mais detalhados. Os exames diagnósticos incluem radiografias, a tomografia computadorizada (TC), a ressonância magnética (RM), a artroscopia (visualização da articulação lesada com o auxílio de um pequeno aparelho visualizador inserido na articulação), a eletromiografia, e investigações computadorizadas da função muscular e articular.


Fratura por Estresse do Pé


As fraturas por estresse, as quais são pequenas fissuras causadas por impactos repetidos, ocorrem comumente nos ossos da parte intermediária do pé.

Visão Superior.








Joelho

O joelho do corredor (síndrome de tensão patelofemoral) é um distúrbio no qual a patela (rótula) atrita contra a extremidade do fêmur quando o joelho se move. A patela é um osso circular preso a ligamentos e tendões em torno do joelho.



Durante a corrida, a patela move-se discretamente para cima e para baixo sem tocar o fêmur. O joelho do corredor pode ser causado por um defeito estrutural, como a patela localizada muito alto em relação à articulação do joelho (patela alta), ou a contração dos músculos posteriores da coxa, a contração dos tendões de Aquiles e a fraqueza da musculatura da coxa – a qual normalmente auxilia na estabilização do joelho.


A causa tratável mais comum é a rotação excessiva dos pés para o interior (pronação) quando o indivíduo anda ou corre, enquanto os músculos da coxa (quadríceps) tracionam a patela para fora (lateralmente). Em conjunto, essas forças fazem com que a patela atrite contra a extremidade do fêmur. A dor e algumas vezes o edema geralmente iniciam durante a corrida e concentram-se sob a superfície da patela No início, somente as corridas descendentes provocam dor. No entanto, após algum tempo, qualquer corrida produz dor e, finalmente, mesmo os outros movimentos do membro inferior são dolorosos, especialmente o ato de descer escadas.

É importante que o indivíduo evite correr até que a corrida não cause mais dor. Para manter o condicionamento físico, ele pode realizar outros exercícios, como o ciclismo (quando este não causar dor), o remo e a natação. Também são úteis os exercícios de alongamento dos músculos posteriores e anteriores (quadríceps) da coxa e de fortalecimento do vasto medial (um músculo interno da coxa que traciona a patela medialmente). Podem ser úteis os suportes para o arco do pé, adquiridos em estabelecimentos comerciais, utilizados tanto em calçados esportivos quanto nos calçados comuns. Algumas vezes, é necessária a confecção de palmilhas sob medida.

Joelho do Corredor

Normalmente, a patela (rótula) move-se discretamente para cima ou para baixo sem tocar o fêmur durante a corrida. Se os pés rodarem excessivamente para o interior (pronação), a perna roda medialmente, tracionando também a patela medialmente, enquanto que o músculo quadríceps da coxa traciona a patela lateralmente. Essas forças opostas fazem a parte posterior da rótula atritar contra a extremidade do fêmur, o que provoca dor.



Dorsalgia

A dorsalgia do levantador de peso (estiramento lombar) é uma lesão que ocorre nos tendões e músculos da região lombar, causando espasmos musculares e inflamação. Qualquer esforço importante pode causar lacerações musculares e tendinosas da região lombar. Este tipo de lesão é comum em esportes que exigem o ato de empurrar ou puxar contra uma grande resistência, como o ato de levantar um grande peso do chão no halterofilismo ou o ato de empurrar um adversário no futebol americano. Esse tipo de lesão também ocorre em esportes que exigem a rotação súbita das costas: a rotação para driblar o adversário após um rebote no basquetebol, o ato de balançar um bastão em um jogo de beisebol ou de balançar um taco de golfe.

Os fatores de risco de uma lesão da região lombar incluem uma curvatura exagerada da porção inferior da coluna vertebral, a inclinação para frente da pelve, a contratura ou fraqueza da musculatura da região, a fraqueza da musculatura abdominal ou a contratura ou fraqueza dos músculos posteriores da coxa. As costas também apresentam uma propensão à lesão quando a coluna vertebral apresenta um enfraquecimento decorrente de uma artrite, de um desalinhamento vertebral, de um deslizamento ou de uma ruptura discal ou de um tumor vertebral. Uma lesão da região lombar geralmente causa uma dor súbita nessa região durante uma rotação ou durante o ato de empurrar ou puxar algo. Inicialmente, a dor não é suficentemente intensa a ponto de impedir a continuação do exercício. exercício. No entanto, o músculo ou o tendão lacerado continua a sangrar e a edemaciar e, 2 a 3 horas mais tarde, ele entra em espasmo e causa uma dor intensa.

Como os espasmos musculares podem ser agravados por qualquer movimento das costas, o indivíduo geralmente prefere permanecer imóvel, freqüentemente assumindo a posição fetal. À palpação da região lombar, o indivíduo pode sentir dor e esta pode piorar quando ele flexiona o corpo para frente. Assim que possível após a lesão, o indivíduo deve repousar e aplicar gelo e compressão sobre a região afetada. Após o início do processo de cura, os exercícios de fortalecimento da musculatura abdominal, a qual auxilia na estabilização das costas, e os de alongamento e fortalecimento dos músculos das costas são benéficos. Um aparelho de remo é excelente para o fortalecimento das costas, desde que ele não provoque dor. Uma curvatura exagerada na região lombar, a qual tende a aumentar a tensão sobre os músculos de suporte da região lombar, é determinada em grande parte pela báscula da pelve.

Portanto, uma curvatura exagerada pode ser diminuída através de várias modalidades de exercícios que inclinem a porção superior da pelve para trás, para uma posição mais normal. Esses exercício incluem os de fortalecimento da musculatura abdominal (encurtando-os) e os de alongamento dos músculos da coxa (alongando-os). O uso de um cinto durante o levantamento de pesos ajuda a evitar as lesões das costas.

Prevenção de Lesões das Costas

Inclinação (báscula) da pelve (para diminuir uma curvatura exagerada da região lombar) Deite-se de costas com os joelhos flexionados, os calcanhares apoiados contra o solo e o peso sobre os calcanhares. Abaixe a região lombar até tocar o chão, eleve as nádegas cerca de 1,5 centímetro do chão e contraia os músculos abdominais. Mantenha essa posição durante uma contagem até dez. Repita 20 vezes. Realize esse exercício diariamente.

Abdominais (para fortalecer a musculatura abdominal) Deite-se de costas com os joelhos flexionados e os pés apoiados contra o solo. Coloque as mãos sobre o abdômen. Mantendo os ombros em contato com o solo, eleve a cabeça lentamente. Eleve os ombros lentamente até 25 centímetros acima do solo. Em seguida, abaixe-os lentamente. Realize três séries de dez. Quando esse exercício tornar-se muito fácil, enrole um peso numa toalha e segure-o atrás do pescoço durante a execução do exercício. Aumente o peso à medida que sua força aumentar.

Alongamento do quadril e do quadríceps Fique em pé, com um dos pés em contato com o solo e o joelho da outra perna flexionado num ângulo de 90°. Com a mão do mesmo lado da perna flexionada, segure a região anterior do tornozelo. Mantendo os joelhos unidos, empurre o tornozelo para trás, levando o calcanhar em direção às nadegas. Mantenha a posição durante uma contagem de dez. Repita o exercício com a outra perna. Realize esse exercício dez vezes.

Alongamentos da região lombar Sentado, tocar os dedos dos pés Sente-se no chão com os joelhos estendidos e as pernas afastadas o máximo possível. Coloque as duas mãos sobre o mesmo joelho. Lentamente, deslize as mãos sobre a perna em direção ao tornozelo. Interrompa o exercício se sentir dor e não ultrapasse a posição que pode ser mantida confortavelmente durante dez segundos. Lentamente, solte a perna. Repita o exercício com a outra perna. Realize esse exercício dez vezes com cada perna.

Elevação de apenas uma perna com arqueamento da coluna vertebral Deite-se de costas, flexione os joelhos e apóie os dois calcanhares contra o solo. Mantendo os joelhos flexionados, segure um deles com as duas mãos e conduza-o até o peito. Mantenha a posição durante uma contagem até dez. Lentamente, abaixe a perna e repita o exercício com a outra perna. Realize essa série dez vezes.

Cisne (para aumentar a flexibilidade das costas) Posicione-se em decúbito ventral, com os cotovelos flexionados e as mãos tocando as orelhas. Simultaneamente, eleve os ombros e as pernas. Não flexione os joelhos. Mantenha essa posição durante uma contagem até dez e repita o exercício 20 vezes. Realize esse exercício diariamente. Cuidado! A extensão forçada da coluna vertebral pode piorar muitos problemas das costas. Realize esse exercício com cuidado e pare imediatamente ao sentir dor.

Em seguida vamos enumerar alguns princípios orientadores para as intervenções de enfermagem:

01. Manter um correto alinhamento do corpo/postura;

02. Planear os seus movimentos;

03. O movimento tem que ser econômico e estético;

04. Ser realista quanto à capacidade para levantar determinado peso.

05. Evitar levantar pesos do chão acima de 35% do seu peso;

06. Se está a movimentar uma pessoa, avaliar a ajuda que ela pode dar;

07. A estabilidade de um corpo é maior quando tem uma base longa e um centro de

gravidade baixo;

08. Puxar ou deslizar requer menos esforço que levantar;

09. Usar o sistema de alavanca para tornar a energia eficiente.

10. Os ossos funcionarão como alavanca, as articulações como fulcro e os músculos

como força para mover a carga;

11. O atrito entre o objecto e a superfície sobre o qual se move, aumenta o trabalho

necessário para movê-lo;

12. Acompanhar a direcção do movimento, evita a rotação anormal da coluna;

13. A mudança de actividade e de posição são importantes para conservar o

tónus muscular e a fadiga;

14. Utilizar roupa cômoda que permita a liberdade de movimentos e calçado que não

escorregue;

15. Dividir o peso pelos 4 membros, reduz o risco de lesões osteo-articulares do tronco;

16. A força requerida para manter o equilíbrio de um corpo aumenta conforme a linha

de gravidade se afasta da base de apoio.


A imagem acima pretende resumir alguns dos principais aspectos relacionados com uma correcta higiene postural na transferência de utentes entre superfícies.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

GESTAÇÃO E A ULTRA-SON

ULTRASONOGRAFIA (US) ou ULTRA-SON


A ultra-sonografia é um exame que necessita de dados complementares para a sua interpretação próxima da realidade. Ela utiliza tabelas, que normalmente nõ está a semelhança do biótipo do homem brasileiro, assim a sua interpretação deve levar em consideração as características dos pais. Podemos observar, que o nordestino normalmente apresenta cabeça grande, que a mulher brasileira normalmente, dependendo da região apresenta uma pequena estatura, tudo isso mostra distorção dos dados obtidos quando comparado com a tabela. Assim o examinador deve levar em conta todas estas diferenças durante o exame para, dar um diagnóstico próximo da realidade.

Em caso para determinar possíveis gravidez, o examinador deve ter dados complementares para fornecer um diagnóstico próximo da verdade.

Deve obter:

a. Resultado do TIG,

b. Consistência do colo uterino,

c. Data da última menstruação;

d. E através destes dados associados a imagem da US, chega-se a um diagnóstico de gravidez ou não.

O que se observa, é que as pessoas solicitam a US sem fornecer os dados básicos necessários, para que associados a imagem, o examinador obtenha um diagnóstico próximo da realidade.

Ultra-Son



O uso do ultra-son na prática obstétrica classifica-se em duas categorias gerais:

A . Avaliação do feto em Risco;

B . A triagem rotineira de todos os fetos.

A triagem da avaliação do feto em risco inclui a (o):

a. determinação de anomalias fetais pela visualização da anatomia do feto;

b. localização de depósitos de líquido amniótico a aminiocentese;

c. determinação da idade gestacional;

d. diagnóstico de apresentações fetais anormais;

e. implantes anormais da placenta;

f. identificação do retardo de crescimento intra-uterino.

Vários autores recomendam que todos os fetos sejam examinados durante a primeira metade da gravidez como um meio para avaliar a idade gestacional, detectar as gestações gemelares e múltiplas, descobrir abortos retidos, molas hidatiformes e outras gestações não viáveis, e detectar anomalias fetais.

Avaliação da Idade Gestacional

Mede-se o comprimento cabeça-nádega; posteriormente mede-se o diâmetro bi-parietal (DBO) da cabeça do feto. Essas medidas são comparadas em um normograma para determinar a idade gestacional.

Retardamento do Crescimento Intra-Uterino (RCIU)

Estão sendo estudadas várias dimensões fetais. Entre essas estão o cote transverso do abdome como medida do tamanho do fígado, um dos órgãos mais diminuídos de tamanho pelo RCIU, comprimento femoral e várias associações de medidas destinadas à avaliar o peso fetal.

Anomalias Fetais

a. Movimentos respiratórios;

b. Atividade cardíaca;

c. Fluxo sangüíneo pelos grandes vasos;

d. Esvaziamento e enchimento da bexiga.

Podem detectar-se anomalias estruturais como:

a. Espinha bífida;

b. Membros anormais;

c. Tumores.

A ultra-son quando bem utilizada é um instrumento valiosíssimo para a saúde e bem estar da gestação.

domingo, 21 de novembro de 2010

D. Pulmonar Obstrutiva Crônica A DPOC


Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

ou

D P O C

DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) é um espectro de doenças que inclui a bronquite crônica (estreitamento das vias aéreas e paralisação da atividade dos cílios) e o enfisema (danos irreversíveis nos alvéolos).

O que é Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)?

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, também conhecida pela sigla DPOC, é uma condição que se caracteriza por uma limitação crônica ao fluxo de ar causada por inflamação crônica dos brônquios (bronquite crônica) e/ou por perda de elasticidade do pulmão por enfisema pulmonar. Esta diminuição do fluxo pode piorar com as infecções pulmonares e pode melhorar com o uso de fármacos broncodilatadores, mas sempre existirá uma redução do fluxo aéreo na respiração. Esta limitação à passagem do ar provocará dificuldade para respirar, denominado dispnéia.

Observações :

A bronquite crônica é uma doença produzida por uma excessiva produção de muco traqueobrônquico que se manifesta com tosse e expectoração no mínimo 3 meses ao ano durante mais de 2 anos consecutivos.

O enfisema é uma doença do pulmão caracterizada por um crescimento anormal dos alvéolos pulmonares por destruição de seus tabiques.

O cigarro é responsável pela imensa maioria dos casos. A constante exposição a elementos irritantes, como poeira, poluentes do ar e vapores químicos, também pode contribuir para o aparecimento da doença.

Causas da doença



A maioria das pessoas que sofrem de obstrução crônica das vias aéreas são fumantes. Porém, além disso, existem fatores coadjuvantes como a poluição ambiental, a profissão, as infecções e a herança genética.

0.
Tabagismo: É o fator que mais se relacionou com a bronquite crônica durante a vida e com o grau de enfisema após a morte na autópsia. Nos fumantes a queda da função respiratória é o dobro e naqueles fumantes suscetíveis de desenvolver a DPOC a queda triplica e inclusive quadruplica.Esta suscetibilidade não pode ser explicada pela quantidade de cigarros fumados, em vista de existirem outros fatores de suscetibilidade pessoal que fazem com que 15 a 20% dos fumantes desenvolvam uma DPOC e não o restante. Observou-se que a obstrução das pequenas vias respiratórias é o defeito mecânico demonstrável mais precoce nos fumantes jovens e que essa obstrução pode desaparecer por completo ao deixar de fumar. Ainda que o abandono do tabaco não dê lugar à reversão completa nos casos de obstrução mais pronunciada, existe uma lentidão significativa da deterioração da função pulmonar em todos os fumantes que abandonam o tabaco. Portanto, nunca é tarde para deixar de fumar. Além disso, os não fumantes que convivem com fumantes (fumantes passivos) possuem níveis elevados de monóxido de carbono, o que indica que estão significativamente expostos à fumaça do tabaco.

a.
Poluição do ar: Existem mais bronquíticos crônicos e enfisematosos em áreas urbanas muito industrializadas. Além disso, o agravamento da bronquite guarda relação com períodos de maior contaminação.

b.
Profissão: A bronquite crônica é mais freqüente nos trabalhadores expostos a pós orgânicos ou inorgânicos e a gases nocivos.

c.
Infecções: Os fumantes podem apresentar ou agravar transitoriamente a obstrução das vias respiratórias, inclusive com infecções respiratórias leves produzidas por vírus.

d.
Fatores familiares: A asma e a DPOC podem ser encontradas até 40% mais em indivíduos que procedem de famílias com doenças respiratórias. Ainda que estar exposto ao mesmo ambiente pudesse ser um fator determinante, está demonstrado que a suscetibilidade persiste após a correção dos fatores do meio ambiente.


Quem sofre com a doença



Aproximadamente 20% dos homens adultos tem bronquite crônica, ainda que apenas uma minoria esteja incapacitada. Os homens são afetados com mais freqüência que as mulheres, embora o consumo de tabaco entre as mulheres tenha aumentado e também o número de mulheres com doenças respiratórias. Desenvolverão a DPOC aproximadamente 15% dos fumantes.

Sintomas

A DPOC é uma doença insidiosa de instalação lenta. Geralmente, o primeiro sintoma é uma discreta falta de ar (dispneia) associada a esforços como subir escadas, andar depressa ou praticar atividades esportivas. Com o passar do tempo, a falta de ar vai se tornando mais intensa e é provocada por esforços cada vez menores. Nas fases mais avançadas, a falta de ar se manifesta mesmo com o doente em repouso e agrava-se muito diante das atividades mais corriqueiras. Tosse produtiva e encurtamento da respiração são sintomas que também podem estar presentes nos quadros de doenças pulmonares obstrutivas.



Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se nos achados do exame físico e na história do paciente. Como os sintomas podem não ser indicativos da extensão do dano respiratório, é fundamental realizar um exame chamado espirometria para avaliar a capacidade ventilatória pulmonar.

Muitos especialistas recomendam que toda pessoa que fuma há mais de dez anos faça esse exame para que o diagnóstico seja feito nas fases iniciais, quando o dano aos tecidos do sistema respiratório ainda não se tornou irreversível.

São básicas a história dos sintomas e a exploração física. Como provas complementares podem ser usados:

01.
Espirometria: Permite confirmar o diagnóstico e quantificar a gravidade do processo. Na DPOC existe uma diminuição do Volume Espirante Máximo em um Segundo (VEMS) que não aumenta com broncodilatadores. Entretanto, o volume residual do pulmão, depois de tirar todo o ar possível, está aumentado devido ao fato de não poder tirar o ar devido à obstrução dos brônquios e o ar vai acumulando-se.


02.
Gasometria arterial: É uma análise para medir a quantidade de oxigênio e dióxido de carbono no sangue das artérias. A primeira anormalidade presente na DPOC é a hipoxia moderada; constata-se a retenção de anidro carbônico no sangue quando a doença está mais avançada. Os testes de exercício são úteis para objetivar o grau de dispnéia, a afetação cardíaca, a aparição de hipoxia durante o exercício e o grau de limitação para a vida diária.


03.
Eletrocardiograma: Mostra uma sobrecarga do coração, fundamentalmente se existe uma cor pulmonar. Também são freqüentes as arritmias.


04.
Exame radiológico: Tanto a radiografia de tórax como o exploratório torácico ajudam o diagnóstico, ainda que não sejam definitivos.

Tratamento

Parar de fumar é a única forma de impedir o declínio progressivo da função respiratória. Chicletes, adesivos de nicotina e drogas antidepressivas como a bupropiona, associados a terapêuticas comportamentais, são de grande utilidade para tratamento da dependência de nicotina nos portadores de DPOC.

Drogas broncodilatadoras e os anticolinérgicos estão indicados para aliviar os sintomas associados à produção e eliminação das secreções. Os derivados da cortisona por via inalatória podem ser úteis, mas seu uso prolongado pode provocar efeitos indesejáveis.

Diversos estudos demonstraram que, nos casos mais graves, o único tratamento médico capaz de aumentar a sobrevida dos portadores da doença é a oxigenioterapia. Técnicas fisioterápicas de reabilitação respiratória aumentam a resistência aos esforços e melhoram a qualidade de vida, mas aparentemente não prolongam a sobrevida.

Recomendações

01. Evite fumar. Dependendo de quanto os pulmões estejam afetados, parar de fumar pode reduzir, ou mesmo eliminar, os sintomas da bronquite crônica e impedir a progressão do enfisema, embora não reverta o processo já instalado. Os danos aos alvéolos são permanentes, por isso os sintomas do enfisema não desaparecem;

02. Não se autoengane. Se você é fumante, considere que a dependência de nicotina pode levá-lo a tornar-se dependente dos outros para as tarefas mais insignificantes e corriqueiras;

03. Fique atento: todos os portadores de DPOC devem receber anualmente uma dose de vacina contra a gripe e outra contra o pneumococo, para evitar que a concomitância de processos infecciosos agrave o quadro respiratório;

04. Saiba que o aumento progressivo da longevidade ocorrido na segunda metade do século XX e o enorme contingente de fumantes colocaram a DPOC entre as cinco enfermidades mais prevalentes nos países industrializados e em certas regiões do Brasil.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

DIABETES E A DISFUNÇÃO ERECTIL

Disfunção Sexual e a Diabetes


Diabetes

O Diabetes é uma das condições crônicas que mais freqüentemente causa a disfunção erétil.

Estudos nos EUA mostram que 30 milhões de homens podem ter algum tipo de problema de ereção.

Quando se estudam esses homens, observa-se que os mesmos podem ter também problemas vasculares, diabetes ou depressão o que mostra um complicado interrelacionamento entre estas patologias.

Impotência Sexual na Diabetes

Quando há excitação sexual no homem há ereção do pênis e na mulher há lubrificação da vagina. Tudo isto resulta de sinais enviados pelo cérebro através de nervos para os vasos sanguíneos da região.


Na diabetes pode aparecer uma disfunção sexual. Ela pode manifestar-se sob a forma de ejaculação retrógrada ou impotência sexual no sexo masculino e perda do desejo, incapacidade de orgasmo e déficit de lubrificação no sexo feminino.


Estas alterações podem ter origem nas lesões dos nervos mas também nos vasos sanguíneos. Muitas das disfunções sexuais no diabético não têm origem em lesões orgânicas mas podem ter uma natureza psicológica.


Existem hoje formas de tratar muitas destas situações com resultados muito satisfatórios.


A impotência é um problema importante, que embora oculto é muito mais comum do que o que se pensa. É um problema que gera angústia e preocupação em todo aquele que justificada o injustificadamente se considera vítima deste padecimento.
Estamos perante uma questão que afecta um número considerável de indivíduos, que gera problemas psicológicos e de relação severos e que, ao contrário do que habitualmente se pensa, tem possibilidades reais de tratamento e cura.


No homem com impotência a associação à ideia de falta de virilidade e o sentimento de vergonha ou culpa mediante temas relacionados com a sexualidade, fazem com que muitos impotentes, ou que se crêem ser, adoptem uma atitude resignada e fatalista mediante o seu problema, sem procurarem nenhum tipo de ajuda, ou recorrendo a certos medicamentos tradicionais, que longe de resolver o seu problema, tornam-no mais grave e conduzem a uma progressiva perda de esperança.


A impotência pode ter solução a maioria das vezes, mesmo naqueles casos em que não se identifica com clareza uma causa. Podemos hoje em dia aplicar tratamentos que melhoram em grande medida estas alterações. O resultado é a possibilidade de levar uma vida sexual satisfatória.

Assim temos:

  • 1. Tratamento com hormônios se houver alguma deficiência.

  • 2. Psicoterapia efetuada por Psicólogos especializados nesta área se a parte psicológica tiver um papel importante na disfunção.

  • 3. Sildenafil (Viagra),é o medicamento mais usado para a impotência, que pode ser tomado por via oral. Exige algumas precauções na sua tomada sobretudo se há problemas cardíacos. No diabético parece ter resultado positivo em cerca de 40% dos casos. Outros medicamentos orais estão disponíveis hoje no mercado com o mesmo efeito mudando apenas o tempo de atuação, mas também só devem ser prescritos pelo médico.

4. Auto-injeção no pénis de um medicamento (prostaglandina) que tem efeito local, com boa resposta em cerca de 80% dos casos, embora necessite ser aplicado sempre que se pretende obter uma ereção.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Momento Obstétrico

OBSTETRÍCIA EM RESUMO

Um resumo dos principais componentes obstétricos!

01. Quais são aos ossos da Bacia ?

Resp. : A bacia óssea ou pelve é o canal ósseo constituído pelos seguintes osso:

a. Sacro mediano e posterior;

b. Dois ossos ilíacos laterais e adiante:

- reunidos pelas articulações sacro-ilíacos atrás e a sínfise pubiana à frente.

Assim temos:

. Anteriormente - 02 púbis

. Lateralmente - 02 ilíacos

. Posteriormente – 01 sacro, 01 cóccige e 02 ísqueos.

Localização de cada osso

01. Ilíaco - se situa na face posterior-superior da pélvis. É o maior osso da pélvis e o

principal suporte das vísceras.

02. Púbis - se localiza na face frontal d pélvis.

03. Ísqueo - se situa na face postero-inferior da pélvis.

04. Sacro - localiza-se na face posterior.

05. Cóccige - localiza-se na face posterior.


02. Quais são as partes da bacia Óssea ?

Resp. : A bacia óssea compreende duas partes:

a. A Grande Bacia - localizada acima, entre as cristas ilíacas, esta parte, larga,

apresenta pouco interesse obstétrico;

b. A Pequena Bacia - localizada embaixo, situada sob as linhas inominadas. Esta

parte, estreita, é de grande importância para o Parto: é a

escavação pélvica, também chamada Bacia Óssea obstétrica.

Estas dias partes da Bacia Óssea são separadas por um anel rígido,

O Estreito Superior, de Grande Interesse Obstétrico.


03. Descreva a forma da Pequena Bacia .


Resp. : A pequena bacia, tem a forma de um Cone com:

a. um orifício de entrada - o estreito superior.

b. uma cavidade – a escavação pélvica.

c. Um orifício de saída: o estreito inferior.


04. Quais são os principais Estreitos?

Resp.: São 03 ( treis ) estreitos a saber:

a. Estreito superior.

b. Estreito Médio.

c. Estreito Inferior

Vejamos uma simples descrição de cada um :

01. Estreito superior

Vai do promontório à borda superior da sínfise-púbica.

A importância do Estreito Superior é fundamental, sua passagem pela apresentação

Define o encaixe. Tem a forma oval, cujo círculo ideal teria um diâmetro de cerca de 12 cm.

02. Estreito Médio

Constitui o plano de menor dimensão da escavação, e passa ao nível das espinhas-isquiáticas

Ou ciáticas.


03. Estreito Inferior



Vai da borda inferior da sínfise-púbica a ponta do cóccige ( articulação sacrococcígea, depois da

Repulsão do cóccige no parto ).




O estreito Inferior tem a forma de um losango, com grande eixo antero-posterior; na verdade,grosseiramente arredondado. Suas dimensões, são sensivelmente iguais a 11 cm em todos os sentidos.


05. Descreva os Principais Diâmetros de cada Estreito.

Resp.:

I- Com Relação a Grande Bacia :

a. Diâmetro Bicrista-ilíaca (BC):

- Vai da parte mais saliente, de uma crista ilíaca, à do lado oposto, e mede aproximadamente 28 cm.

b. Diâmetro Biespinha-ilíaca (BE):

- Vai de uma espinha ilíaca anterosuperior, à do lado oposto, e mede aproximadamente 24 cm.

c. Diâmetro Anteroposterior (Diâmetro de Boudelocque):

- Vai da fosseta situada abaixo da apófise espinhosa da última vértebra lombar, à borda superior da sínfise

púbica, e mede aproximadamente 20 cm.

II- Com Relação a Pequena Bacia

A. Diâmetro de Estreito Superior:

a. Antero-posterior ou promontorretropubiano:

- Vai do promontório a borda superior da sínfise-púbica, chamada conjugata VERA ANATÔMICA, mede

Aproximadamente 11 cm.

b. Transverso Máximo ou Mediano:

- vai do ponto mais afastado da linha inominada ao lado oposto. Situado habitualmente na junção 1/3 posterior

com os 2/3 anteriores do diâmetro Antero-posterior, mede aproximadamente de 13 a 13,5 cm. Está situado muito para trás para ser utilizado pela apresentação.

c. Diâmetro Oblíquos:

- Vai de um ponto correspondente à articulação sacroilíaca a eminência ileopectínea do lado oposto,

e mede aproximadamente de 12 a 12,75 cm.

É o diâmetro oblíquo E, muito útil, Istoé partindo da eminência ileopectínea E, o mais comumente utilizado.

B. Diâmetro do rstreito Médio:

a. Antero-Posterior

- Vai do subsacro ao subpúbico, e mede aproximadamente 12 cm.

b. Transverso Biespinha-Ciática

- Vai de uma espinha ciática a outra, e mede aproximadamente 10,5 cm.

C. Diâmetro do Estreito Inferior

a. Antero-Posterior (subcóccix – subpúbico ):

- Vai da ponta do cóccix até a borda inferior da sínfise púbica, e mede aproximadamente 9,5 cm, mais pode atingir

de 11 a 12 cm quando o cóccix está retrovertido.

b. Transverso ou Bi-isquiático:

- Vai do ponto de maior espessura da tuberosidade Isquiática ao lado oposto, e mede aproximadamente 11 cm.


06. Quais são as Membranas Fetais ?

Resp.: Âmnio e Córion


07. O que vem a ser Anexos Fetais?

Resp.: Anexos fetais é tudo que envolve diretamente o embrião e o feto. Compreende, portanto, as membranas,

córion e âmnio, que contém o líquido amniótico, o cordão umbilical e, sobretudo, a placenta.


08. Descreva e dê a função de cada Membrana Fetal.

Resp.: Como foi dito as membranas fetais são : Âmnio e Córion.

Vejamos cada uma :

A. Âmnio

- É a membrana mais interna, começa a se desenvolver por volta de 2ª semana. Envolve o embrião em um saco membranoso antes do corpo tomar forma. Esse saco recai sobre o cordão umbilical formando, assim, a sua

Cobertura externa. Primeiro há um espaço entre o âmnio e o cório, com a progressão da gravidez estes se fundem.

O âminio é composto de um epitélio e da camada de tecido subjacente.

Funções do Âmnio

a. Proteção contra choques;

b. Proteção contra desidratação do embrião;

c. Proteção contra infecções.

B. Córion

- É a membrana mais externa. Forma-se a medida que a implantação do embrião ocorre.

No início as vilosidades coriônicas são distribuídas pelo cório, essas vilosidades aumentam à absorção de nutrientes. A medida que a decídua capsular vai sendo empurrada para fora, as vilosidades em contato com a decídua capsular, tendem à atrofiar e desaparecer: cório liso, mas, no local onde o cório está em contato com a decídua basal, as vilosidades tornam-se abundantes.

A placenta se desenvolve nesse local ----------- Córion frondoso.

Funções do Córion

a. Proteção contra choques;

b. Proteção contra desidratação;

c. Proteção contra infecções.


09. Descreva sobre o Cordão Umbilical.

Resp.: O Cordão umbilical desenvolve-se com o feto, no termo, mede aproximadamente 55cm e pode variar

de 30 a 100 cm, o seu diâmetro varia de 01 a 02 cm.

É úmido, branco, leitoso, e freqüentemente apresenta tem aspecto torcido ou espiralado. Ele é formado

De tecido conjuntivo mucoide ou indiferenciado, e este tecido é composto por uma substância gelatinosa, a

Geléia de WHARTON, que envolve os vasos e forma o restante do interior do cordão.

Nesta geléia correm os vasos umbilicais remanescentes das vesículas alantóide e vitelínea. O cordão

possui 02 (duas) artérias e 01 (uma) veia. As artérias carream sangue venoso e a veia sangue arterial.

Logo, flui do feto, das 02 (duas) artérias umbilicais para a placenta o sangue impuro, e da placenta

através da veia flui o sangue oxigenado e com nutrientes para o feto.

Eventualmente o cordão umbilical pode apresentar apenas 01 (uma) artéria e 01 (uma) veia, fato associado

Com anomalias congênitos do feto.


10. Qual a função do Cordão Umbilical ?

Resp.: Funções do Cordão Umbilical

a. Suprir o feto de Nutrientes e de Oxigênio, e retirar dele as substâncias que forem excedentes.

b. Carrear sangue para fazer as trocas necessárias ao feto.


11. Descreva sobe o Líquido Amniótico .

Resp. : O líquido amniótico circunda todo o embrião. No início da gravidez o líquido é semelhante ao plasma materno, mas, com o decorrer da gravidez o feto tende a modificar a composição do mesmo. O feto ingere o líquido e elimina a sua urina hipotônica, tornando-o hipotônico.

Não se dá acúmulo estático de líquido ao redor do feto. Ele é substituído em 500 ml por hora e 01 vez a cada 03 horas. A sua quantidade é aumentada conforme o embrião se desenvolve, sendo que no final da gravidez pode atingir um volume de + ou – 850 ml.

Composição do Líquido Amniótico

a. 98% de água;

b. 01% a 02% de sódio orgânico e inorgânico;

c. Líquido;

d. Glicose;

e. Eletrólitos;

f. Hormônios;

g. Enzimas;

h. Proteínas;

i. Uréia, Creatinína e ácido úrico;

j. Células fetais descamadas;

k. Células epiteliais.

Assim,

O líquido amniótico é totalmente puro e cristalino. Nenhuma classe de micróbios pode chegar até ele enquanto as diversas membranas que o envolvem permanecem intactas.

Mantém intacta toda a sua pureza, apesar de lhe chegar urina, suor e outras substâncias residuais da criança, visto que em cada momento se renova totalmente.


12. Quais são as funções do Líquido Âminiótico ?

Resp.: O líquido amniótico serve a uma variedade de efeitos, todos, possibilitam um ambiente favorável ao desenvolvimento fetal intra-uterina:

a. Auxilia a eliminação de excreção do tubo respiratório e dos rins;

b. Permite o feto se mover com facilidade;

c. Protege contra possíveis lesões;

d. Mantém a temperatura uniforme (protege contra o frio e contra o calor);

e. Assegura a hidratação dos tecidos do feto;

f. Impede que o saco amniótico adira a criança originando deformações;

g. Isola o feto de exterior;

h. Atua como amortecedor, permitindo que o feto mova-se comodamente para ele e sua progenitora.


13. Cite 04 causas do Abortamento Espontâneo.

Resp.: As causas do abortamento espontâneo pode ser:

a. Causas ovulares;

b. Causas maternas;

c. Causas paternas.

Vejamos cada uma :

I. Causas Ovulares

a. Anomalias incompatíveis com o prosseguimento da gestação;

b. Alterações da implantação ovular;

c. Pólihidrâmnio;

d. Defeito intrínseco de grau variado no ovo (mola hidatiforme).

OBSERVAÇÃO :

Alteração da implantação ovular, causada por:

a. Inserção baixa da placenta;

b. Deslocamento prematuro da placenta;

c. Infecções, por exemplo: Sífilis.

II. Causas Maternas

a. Insuficiência da Progesterona produzida pelo corpo Lúteo;

b. Apoplasia uterina ou útero infantil;

c. Mioma uterino;

d. Retroversão uterina (fundo de útero par frente e o colo para trás);

e. Incompetência do Orifício Ístimo-cervical.

f. Fatores Psíquicos.

III. Causas Paternas

É difícil documentar, e não são conhecidos por todos os autores. Seriam anomalias do Espermatozóide (SPTZ).


14. Discutir a conduta terapêutica do Abortamento Evitável.

Deve-se utilizar as seguintes condutas:

a. Solicitar repouso relativo, de acordo com a gravidade;

b. Proibição absoluta do coito;

c. Procurar tranqüilizar a gestante;

d. Nas gestantes com cólicas: deve-se administrar substâncias anti-espasmódicas e analgésicas;

e. Administrar Medicações prescritas.

Observação :

Geralmente administra-se : Alupent / Aerolin / Bricanyl.

Possologia do Alupent para Obstetrícia

a. 10 ampolas em 500 ml de S.G. à 5% ou S.F à 0,9%, indica-se com 20 gotas por minutos;

É comum fazer 03 ampolas em 500ml de S.G à 5%, com 20 gotas por minutos. Se necessário aumentar o gotejamento, de acordo com a resposta pélvica.

b. Em urgência Extrema:

- administrar 01 ampola EV, diluída em 5 ml de S.F à 0,9% ( Inibe as contrações após 01 ou 02 minutos).

c. Em Abortamento Evitável :

- Administrar 01 ampola IM, 03 a 04 vezes ao dia, nos primeiros dias.

d. Manutenção : No Abortamento Evitável.

- Administrar 01 comprimido, 03 vezes ao dia.


15. Quais são os principais Sinais e Sintomas do Abortamento Inevitável?

Resp.: São os mesmos sintomas do abortamento evitável, porém em um grau mais intenso. Assim:

a. O sangramento vem em coágulos e de cor viva;

b. A dor é mais intensa;

c. A contração é mais intensa;

d. Há dilatação cervical.


16. Faça um Plano Assistencial de Enfermagem para o Abortamento Inevitável.

Assistência de Enfermagem no Abortamento Inevitável

a. Controlar Sinais Vitais;

b. Observar e anotar quantidade,aspecto e intensidade do sangramento;

c. Observar e prevenir o estado de choque;

d. Colher amostra de sangue para exames;

e. Caso seja prescrito administração de sangue, observar e prevenir as reações adversas: rubor, formigamento, comichão, etc...;

f. Auxiliar durante os exames;

g. Administrar medicações prescritas e controlar gotejamento, observar as sintomatologias;

h. Auxiliar durante a curetagem quando ocorrer;

i. Se após a curetagem for prescrito Meterghin, observar o valor da Pressão Aterial (PA) antes de administrrar;

j. Dar apoio emocional.


17. Cite e descreva as 03 (três) fases Clínicas do Parto.

São 03 as fases clínicas do Parto: dilatação, expulsão e delivramento ou secundamento.

Vejamos cada uma das fases :

a) Dilatação :

- é todo mecanismo até chegar a expulsão e posteriormente ao delivramento. Inicia-se com as contrações dolorosas, que começam de modificar ativamente a cérvice, e termina quando a sua ampliação está completa (10 cm).

Durante o 1º período abre-se o diafrágma cérvico-segmentário e se forma o canal do parto, isto é, continuidade do trajeto útero-vaginal. Para haver o parto há uma dilatação de 01 a 10 cem.

b) Expulsão:

- é a fase do nascimento, é a fase de transição, onde há o ápice das contrações.

Se inicia quando a dilatação está completa e encerra com a saída do feto. Caracteriza-se, pela sincronia das metrosistoles, da força contrátil do diafragma e da parede abdominal.

b) Delivramento ou Secundamento ou Alumbramento :

- é o deslocamento, descida e expulsão da placenta.

Se processa após o desprendimento do feto, e se caracteriza pelo deslocamento, dequitção, pela descida e pela expulsão da placenta e de suas páreas para fora das vias genitais.


18. Fazer um Plano Assistencial para a 1ª fase Clínica do Parto.

Assistência de Enfermagem na 1ª Fase do Parto

a. Verificr Sinais vitais;

b. Fazer higienização caso seja necessário;

c. Medir o fundo de útero;

d. Fazer exame de Enfermagem;

e. Observar e anotar as perdas:

- tampão mucoso,

- líquido amniótico,

- sangramento (anotar aspecto, cor, intensidade, etc...),

f. Auscutar e anotar os Batimentos Cárdio-Fetais (BCF);

g. Observar se a gestante está urinando, caso não esteja, fazer as manobras

para induzir a micção, caso não consiga, fazer cateterismo de alívio;

h. Observar e anotar as metrosistoles, anotando a intensidade, freqüência e

duração das contrações em 10 minutos;

i. Orientar quanto a importância da respiração durante as contrações;

j. Orientar quanto a importância da posição em D.L.E., que evita a compressão

da VCI, facilitando a circulação;

k. Administrara medicação prescrita, observando e controlando o gotejamento, e as reações;

l. Colher material para exame caso a parturiente não tenha feito pré-natal ( fator Rh, Grupo

Sanguíneo, VDRL, HIV, etc...);

m. Observar e anotar Sinais e Sintomas que caracterizam o inínio da 2ª fase do parto:

a. Sensação de evacuar;

b. Aumento da intensidade das contrações;

c. Abaulamento do períneo ( a vulva se entreabre, anus se dilata).


19. Fazer um Plano Assistencial para a 3ª Fase Clínica do parto.

Vejamos:

a. Verificar Sinais vitais;

b. Colher material para análise de sangue placentário;

c. Inspecionar placenta;

d. Medir e anota a mensuração do cordão umbilical;

e. Pesar a placenta;

f. Auxiliar durante a epísiotomia;

g. Administrar medicações indicadas, sempre após a verificação da PA (geralmente há indicação de Meterghin);

h. Fazer higiene da parturiente e inspecionar e anotar alterações na vulva;

i. Aquecer a parturiente e encaminhar para a unidade (enfermaria);

j. Anotar os fatos ocorridos durante o parto.


20. Faça um plano Assistencial para a Parturiente do Puerpério.

a. Verificar Sinais Vitais ( TPR e PA);

b. Observar e anotar a cor, aspecto ea presença dos lóquios;

c. Atentar para anormalidades com: aumento de temperatura, hemoragias, etc... ;

d. Fazer e anotar o exame físico de Enfermagem;

e. Verificar posição, consistência e involução uterina;

f. Verificar e anotar peso, perímetro abdominal;

g. Orientar quanto a prisão de ventre, e estimular a ingesta de alimentos ricos em fibras a partir do 3º dia do puerpério;

h. Administrar analgésico se prescrito, para amenizar as “dores pós-parto”;

i. No 1º dia pós-parto, fazer lavagem extrerna asséptica;

j. Orientar quanto a importância do esvaziamento dos seios;

k. Orientar quanto a importância da higiene dos seios;

l. Orientar a importância do uso de Sutiã;

m. Dar apoio emocional;

n. Orientar quanto da necessidade e a importância de uma Puerpério bem feito;

o. Orientar quanto a existência dos métodos contraceptivos.


21. Descreva sobre a estática Fetal, Atitude, Situação, Apresentação e Posição.

A. ESTÁTICA FETAL:

É as relações do produto conceptual com a bacia e com o útero. É o estudo que permite o conhecimento da nomenclatura obstétrica.

B. ATITUDE OU HÁBITO FETAL:

É a relação das diversas partes do feto entre si. Graças a flexibilidade da coluna vertebral e à articulação occípto-vertebral, o feto se aloja na cavidade uterina em atitude de flexão generalizada, isto é, a coluna vertebral encurvada no seu todo e a cabeça com o mento aproximado da face anterior do tórax, o que dá ao concepto a forma ovóide, o ovóide fetal, que apresenta então dois pólos: cefálico e pélvico.

C. RELAÇÃO ENTRE AS PARTES FETAL E A DA MÃE:

A. Situação :

É a relação entre os eixos longitudinais fetal e uterino, e pode ser:

a. longitudinal,

b. transverso,

c. oblíquo ou inclinado.

B. Apresentação :

É a relação fetal ou parte fetal que se coloca no estreito superior. E pode ser:

a. Cefálica ou Pélvica: se numa situação longitudinal;

b. Acromial ou Ombrinho: se numa situação oblóqua, se for de cabeça para baixo, na posição trocanteana.

C. Posição:

É a relação do dorso fetal com o lado direito (D) ou esquerdo (E) da mãe. Para tal análise usa-se a linha imaginária de Ribmont.


ULTRASONOGRAFIA (US) ou ULTRA-SOM

A ultra-sonografia é um exame que necessita de dados complementares para a sua interpretação próxima da realidade. Ela utiliza tabelas, que normalmente nõ está a semelhança do biótipo do homem brasileiro, assim a sua interpretação deve levar em consideração as características dos pais. Podemos observar, que o nordestino normalmente apresenta cabeça grande, que a mulher brasileira normalmente, dependendo da região apresenta uma pequena estatura, tudo isso mostra distorção dos dados obtidos quando comparado com a tabela. Assim o examinador deve levar em conta todas estas diferenças durante o exame para, dar um diagnóstico próximo da realidade.

Em caso para determinar possíveis gravidez, o examinador deve ter dados complementares para fornecer um diagnóstico próximo da verdade.

Deve obter:

a. Resultado do TIG,

b. Consistência do colo uterino,

c. Data da última menstruação;

d. E através destes dados associados a imagem da US, chega-se a um diagnóstico de gravidez ou não.

O que se observa, é que as pessoas solicitam a US sem fornecer os dados básicos necessários, para que associados a imagem, o examinador obtenha um diagnóstico próximo da realidade.

Ultra-Som

O uso do ultra-som na prática obstétrica classifica-se em duas categorias gerais:

A . Avaliação do feto em Risco;

B . A triagem rotineira de todos os fetos.

A triagem da avaliação do feto em risco inclui a (o):

a. determinação de anomalias fetais pela visualização da anatomia do feto;

b. localização de depósitos de líquido amniótico a aminiocentese;

c. determinação da idade gestacional;

d. diagnóstico de apresentações fetais anormais;

e. implantes anormais da placenta;

f. identificação do retardo de crescimento intra-uterino.

Vários autores recomendam que todos os fetos sejam examinados durante a primeira metade da gravidez como um meio para avaliar a idade gestacional, detectar as gestações gemelares e múltiplas, descobrir abortos retidos, molas hidatiformes e outras gestações não viáveis, e detectar anomalias fetais.

Avaliação da Idade Gestacional

Mede-se o comprimento cabeça-nádega; posteriormente mede-se o diâmetro bi-parietal (DBO) da cabeça do feto. Essas medidas são comparadas em um normograma para determinar a idade gestacional.

Retardamento do Crescimento Intra-Uterino (RCIU)

Estão sendo estudadas várias dimensões fetais. Entre essas estão o cote transverso do abdome como medida do tamanho do fígado, um dos órgãos mais diminuídos de tamanho pelo RCIU, comprimento femoral e várias associações de medidas destinadas à avaliar o peso fetal.

Anomalias Fetais

a. Movimentos respiratórios;

b. Atividade cardíaca;

c. Fluxo sangüíneo pelos grandes vasos;

d. Esvaziamento e enchimento da bexiga.

Podem detectar-se anomalias estruturais como:

a. Espinha bífida;

b. Membros anormais;

c. Tumores.

A ultra-som quando bem utilizada é um instrumento valiosíssimo para a saúde e bem estar da gestação.